quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A Nova Descoberta do Epinossauro


Para alguns, como eu, essa verdade foi um tanto dolorosa, e instigante também. Parece que o maior predador conhecido que já caminhou pela Terra ganhou um novo título; o predador mais estranho que já caminhou pela Terra. Graças aos estudos de uma equipe de paleontólogos no Marrocos, um velho e "incompleto" mistério foi solucionado. Restos fósseis do Spinosaurus aegyptiacus revelaram que o imponente animal possuía menos da metade da sua altura antes estimada, e o mais surpreendente; ele era adaptado para uma vida semi-aquática!



Parte dos primeiros fósseis encontrados do Espinossauro foram destruídos quando ocorreu um bombardeio britânico ao Museu da cidade de Munique, na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial; até então estas eram as únicas informações que se tinham sobre esse dinossauro, e estas não foram muito significativas para o entendimento da nova espécie, tudo o que se tinha era apenas alguns fragmentos do crânio, da cauda e das sua singular espinha dorsal, informações estas que foram complementadas com achados posteriores, que não forneciam nenhuma pista sobre os seus membros. Fazendo uma analogia à outras espécies semelhantes, especulou-se que ele fosse um terópode tão grande, ou até mesmo maior, que o conhecido Tyranosaurus Rex. Isso tudo mudou quando um caçador de fósseis desenterrou um esqueleto parcial do dinossauro, no Marrocos, em 2008. Esses fósseis combinados com outros achados espalhados pelos museus possibilitaram uma reconstrução precisa.
Esqueleto da Nova Descoberta do Espinossauro
Contudo, essa nova visão nos mostrou um fato incrível e completamente novo na paleontologia. "O animal é diferente de qualquer outro dinossauro predador. [...] É estar olhando para uma espécie completamente nova de animal", disse Nizar Ibrahim, um dos paleontólogos que conduziram a pesquisa. Com membros relativamente curtos, cauda flexível, patas traseiras planas que o possibilitava "remar" pelas águas, e narinas na metade do focinho que o permitia respirar enquanto estava submerso, tudo aponta que, com essas adaptações, o animal podia ter passado a maior parte do tempo na água se alimentando de tubarões, grandes peixes e alguns crocodilianos da época. Em terra ele se locomovia de forma quadrúpede, erguendo sua imensa vela composta por espinhos ósseos. Com essa anatomia o Espinossauro pode não ter sido tão imponente em terra firma, mas, com certeza ele dominou as águas do norte africano há 95 milhões de anos atrás. Particularmente, para mim, apesar do pesares, ele ainda continua fantástico, mesmo com toda essa mudança drástica. Creio que essa reviravolta vai trazer alguns benefícios e também novos desafios para a paleontologia, como enfatizou Ibrahim dizendo: "Ele vai forçar especialistas em dinossauros a repensar muitas coisas que eles achavam que sabiam sobre dinossauros".

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